O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

PARTICIPAÇÃO DA MAÇONARIA NA PROCLAMAÇÃO DA REPUBLICA.



 Autor: Ir.´.Júlio César C. dos Santos



Não diferente da Independência do Brasil, mais uma vez a Maçonaria teve participação plena na Proclamação da Republica Federativa do Brasil.
No próximo dia 15 de novembro, a sociedade brasileira estará completando 125 anos sob o regime político de República Federativa, igual a Independência do Brasil, não podemos dizer que a mudança de Monarquia para República foi encabeçada pela Maçonaria, porém ela teve participação muito importante.




Nessa época, podemos dizer, 70% da elite da sociedade brasileira era de Maçons, e, daí surgirem as teorias que davam a paternidade da Proclamação da República à Maçonaria: Quintino Bocaiúva, político fluminense (Maçom), Saldanha Marinho, político de origem pernambucana (Maçom), Silva Jardim, absolutista (Maçom), Campos Sales, chegou à Presidência do Brasil (Maçom) e os ministros da primeira gestão republicana eram Maçons, a saber: Aristides Lobo (Interior); Benjamim Constant (Guerra); Campos Salles (Justiça); Demétrio Ribeiro (Agricultura); Eduardo Wandenkolk (Marinha); Quintino Bocaiúva (Transportes) e Rui Barbosa (Fazenda).



Com esse aporte Maçônico dentre pessoas importantes, a Maçonaria por sua vez faz um célebre manifesto republicano de 1870, manifesto este assinado por Saldanha Marinho que na época era Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

Ele exerceu cargo supremo da Maçonaria brasileira, trabalhando pela causa da instrução pública, pela abolição da escravatura e pela República. Com a proclamação da república, foi um dos autores do anteprojeto da Constituição de 1891. Teve destacada atuação na Questão Religiosa na década de 1870 (1872-1875 muito interessante o estudo para a Cultura Maçônica) quando publicou vários artigos em jornais.



A Monarquia estava passando por um momento muito complicado, tendo oposição ferrenha dos prejudicados pela Abolição da Escravatura, a Questão Religiosa e o pior de todos os problemas, a chamada Questão Militar.



A própria Monarquia estava se esfacelando, o Imperador doente, a inoperância dos Ministros, os ataques da imprensa e desde 1870 já havia grupos que se reuniam para discutir sobre a implantação da República.



Com isso o "proclamador", Manuel Deodoro da Fonseca (Maçom), alagoano, nascido em 05 de agosto de 1827, que aos 16 anos entra para uma escola militar e 5 anos depois já esta em combate, participando da Revolução Praieira (1848 a 1850); sua patente era de Tenente, vindo a participar de vários combates com louvor, participou da Brigada Expedicionária ao Rio da Prata, o Cerco a Montevidéu e a Guerra do Paraguai (1864 a 1870) onde não morreu, mas perdeu a saúde.



Foi também governador do Rio Grande do Sul, Presidente do Clube Militar, sua capacidade militar, bravura e liderança o fizeram Marechal. Com 46 foi iniciado em nossos Augustos Mistérios na Loja Rocha Negra do Oriente de São Gabriel - RS.

O Irmão Deodoro era um monarquista de corpo e alma, mas acima disso, tinha a consciência Maçônica que devemos ser bravos para com a verdade e que a instabilidade política vivida na época poderia levar o país a um caos maior.

Mesmo doente, foi à frente da tropa, proclamou a República, tornou-se seu primeiro presidente; sugeriu o modelo da Bandeira Nacional, tornou-se Grão Mestre do GOB. Mas apesar disso tudo, sofreu muitas pressões e deixou o governo 9 meses após sua proclamação. Morreu com apenas 65 anos, mas seu legado será eterno. Para reflexão, destaco a última estrofe do Hino da Proclamação da República:



"Do Ipiranga é preciso que o brado

Seja um grito soberbo de fé!

O Brasil já surgiu libertado,

Sobre as púrpuras régias de pé.

Eia, pois, brasileiros avante!

Verdes louros colhamos louçãos!

Seja o nosso País triunfante,

Livre terra de livres irmãos!"



Desde sempre nossos antigos e queridos Irmãos se preocupavam e lutavam pela nossa “Liberdade, Fraternidade e Igualdade”.

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