O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

JANTAR DE ENCERRAMENTO DO ANO.


 
Como promovido todos os anos, a Verdadeiros Irmãos, 669 reuniu os Obreiros da Loja, juntamente com seus familiares, para um jantar de confraternização, no dia 21.12.2011.
O encontro teve presença maciça com todos saboreando uma rica e opípara ceia, tipicamente, Natalina, regada ao vinho e cerveja.
Neste ano algo inusitado abrilhantou, ainda mais o tradicional colóquio: Alguns participantes mostraram sua verve musical tocando e cantando canções de gosto e agrado de todos.
No final, todos os participantes se cumprimentaram desejando, mutuamente, Bom Natal e Feliz Ano Novo.
As fotos atestam a alegria durante o encontro.

AS LÍNGUAS DE ESOPO.

 e. figueiredo(*)

Esopo foi um fabulista grego, tendo nascido em fins do século VI antes de Cristo, na cidade de Phrygia, na Ásia Menor.  Foi escravo em Samos e morreu, tragicamente, em Delphos.  Sobre a sua morte, conta-se que, encarregado de levar as oferendas ao templo de Delphos, revelou a fraude dos sacerdotes de Apolo.  Os sacerdotes se vingaram, escondendo em sua bagagem uma taça de ouro consagrada ao Deus, acusando-o de a ter roubado.  Esopo foi condenado a ser precipitado do alto de um rochedo.  Esopo tinha aspecto feio, corcunda e gaguejava, porém de uma inteligência privilegiada, aliada a um espírito sutil e engenhoso, bastante invejada.  Quando foi alforriado, viajou pelo Egito, Babilônia e Oriente, aumentando seus conhecimentos.

Esopo é muitíssimo conhecido pelas pequenas estórias de caráter alegórico e moral, onde os animais desempenham papéis, as chamadas “Fábulas Exóticas”.

Passagem altamente marcante da vida do fértil fabulista, e que ficou conhecida como ‘AS LÍNGUAS DE ESOPO’, é hoje usada para indicar algo que pode ser analisado com conclusões antagônicas, isto é, alguma coisa pode ser tomada sob dois aspectos opostos, dando margem ao louvor e à crítica.  Xanto, que foi o último amo a quem Esopo serviu como escravo, querendo oferecer um suntuoso almoço, pediu a ele para comprar no mercado o que de melhor encontrasse.  Esopo comprou apenas línguas, que mandou cozinhar de diversos modos. Os comensais, logicamente, se aborreceram e indagaram de Esopo sobre o significado daquilo.  Esopo, prontamente, respondeu:  “Existe coisa melhor do que a língua?  Ela é o vínculo da vida civil, a chave das ciências, o órgão da verdade e da razão;  por meio dela, constroem e policiam-se as cidades;  instrui, persuade e domina-se nas assembléias;  cumpre-se o primeiro de todos os deveres que é louvar a Deus.”

Xanto, tentando confundir e embaraçar Esopo, mandou-o comprar, para o dia seguinte, o que houvesse de pior no mercado.  E, novamente, Esopo comprou língua.  O fabulista, outra vez interpelado, disse:  “A língua é a pior coisa que há no mundo;  é a mãe de todas as questões, a origem de todos os processos, a fonte das discórdias e das guerras.  Se ela é o órgão da verdade, é também o do erro e, pior ainda, da infâmia e da calúnia.  Por intermédio dela, destroem-se as cidades e seres humanos; se por um lado louva os deuses e poderosos, por outro é órgão de blasfêmia e da impiedade.”

Hoje, a humanidade continua sendo servida de línguas...  Mas, quais as que tem prevalecido?  As piores ou as melhores?

IN.IM.RA
(*) E. Figueiredo -  é jornalista - Mtb 34 947 e pertence ao
CERAT - Clube Epistolar Real Arco do Templo  / 
Integra o GEIA –  Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas /
Membro da  Confraternidade Mesa 22, e é
Obreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos– 669 (GLESP)

TRABALHOS DO IR.´. FIGUEIREDO.

Os trabalhos e livros do Ir.´. Figueiredo, continuam promovendo o nome da ARLS Verdadeiros Irmãos,669 através das suas publicações em vários Orgãos Maçônicos.
Este é o seu livro, "Crônicas Natalinas" que teve excelente repercussão em todo o país e fora dele.


Este é o seu artigo, entitulado "VIÚVAS" que foi publicado na Revista Maçônica A TROLHA.

Acima está o artigo de sua autoria entitulado " O ARTÍFICE MAÇOM ", publicado na Revista Consciência.


Os trabalhos do Ir.´. Figueiredo tem sem dúvida contribuido para engrandecer o nome da Maçonaria e da ARLS Verdadeiros Irmãos, 669 da qual ele é obreiro regular. 

Que o G.´.A.´. D.´. U.´. continue iluminando o Ir.´. para que cada vez mais possamos receber obras como as que acima citamos.

QUARTO ANIVERSÁRIO DA ARLS VERDADEIROS IRMÃOS, 669

(ESTREITANDO OS LAÇOS DE FRATERNAL AMIZADE)



Antes do término do seu mandato, o Venerável Mestre, Irmão Angel Domingos Zaccaro Conesa, quis que se cumprisse um dos itens mais importante do seu Plano de Ação, que era a comemoração do Quarto Aniversário da Loja Verdadeiros Irmãos - 669.  E, há algum tempo, já vinha mantendo contato com Irmãos da Loja Fé, Esperança e Caridade, do Oriente de Pedreira, para que a efeméride se concretizasse numa sessão conjunta com essa Loja.

Com a mudança do Venerável Mestre, agora o Irmão Jorge Alberto Besslau, o plano não sofreu solução de continuidade, e, com esforços de todos os Obreiros, foi levado avante o projeto, que seria no dia 13.08.2011.

Assim, conforme planejado, no dia marcado reuniram-se no Oriente de Pedreira, Estado de São Paulo, para uma Sessão Pública de Comemoração, as Lojas A.´.R.´.G.´.B.´.B.´.V.´.L.´.S.´. Fé, Esperança e Caridade do Grande Oriente Paulista e a A.´.R.´.L.´.S.´. Verdadeiros Irmãos, 669, da Grande Loja do Estado de São Paulo.  Para a cerimônia, foi utilizado o Templo da A.´.R.´.G.´.B.´.B.´.V.´.L.´.S.´. Fé, Esperança e Caridade, com a presença de 120 participantes entre autoridades Maçônicas, Irmãos, cunhadas, sobrinhos e convidados.

Os dois VV.´. MM.´. Ir.´. Lourival Acácio Barbim e Ir.´. Jorge Alberto Bresslau, ao lado do Delegado Regional do Grande Oriente Paulista, Ir.´.André Roberto Cavicchia conduziram a Sessão, com os objetivos de comemorar o quarto aniversário da A.´.R.´.L.´.S.´. Verdadeiros Irmãos, 669 e homenagear o Dia dos Pais.

A cerimônia se caracterizou com o brilhantismo na condução dos trabalhos e, alem da troca de placas que registraram o evento, agradecimentos entre ambas as Lojas, houve distribuição de pequenas lembranças a todos os Irmãos e cunhadas.

Uma atitude inédita e inesperada surpreendeu aos presentes à cerimônia:  O Ir.´. Cláudio Cassiane, com raro talento para música, brindou o ambiente com momentos inesquecíveis cantando ao som de violão algumas músicas muito apropriadas para aquele momento.

Ao término da Sessão, todos se dirigiram à chácara de um dos Irmãos da cidade de Pedreira, onde foi servido um excelente churrasco, oportunidade que serviu, também, para estreitar, ainda mais, os laços de fraternidade.


Todos foram unânimes em dizer que foi um dia memorável, que jamais será esquecido e que se espera repetir por muitas outras vezes.

Que o G.´.A.´.D.´.U.´. ilumine a todos que cumpriram uma missão de Maçons com muita Fé, muita Esperança e muita Caridade.

O LIVRO QUE ESCREVI !

Autor: E. Figueiredo

Membro do GEIA e maçom ativo da ARLS 
Verdadeiros Irmãos, 669



Pablo Neruda, famoso poeta chileno, dizia: “Escrever não é tão difícil.  É só começar com uma letra maiúscula e terminar com um ponto final.  No meio, você coloca ideias.”

Minha saudosa Mãe sempre desejou que eu escrevesse um livro.  Ela dizia que um homem só estaria completo depois de ter tido um filho, plantado uma árvore e escrito um livro.  Eu devia esse último à ela....

Como digo em minha obra, não escrevi um livro, escrevi um opúsculo.  Livro é aquele que se colocar de pé, continua em pé. Se ele tombar, não é livro, é opúsculo.

Eu conto, no meu livrinho CRÔNICAS NATALINAS, o porquê resolvi fazê-lo.  

Como Cristão, considero o Natal como a maior data da Humanidade.  Eu tinha o hábito, como muitos têm, de enviar cartões de Natal aos amigos e parentes.  Mas, de uns anos para cá, eu os substitui por mensagens, tipo crônicas, para enviar meus cumprimentos.  Nelas, procuro retratar passagens da minha infância, quase todas na época de Natal.

Comecei a receber sugestões para que publicasse um livro (coletânea) com essas crônicas.  Todavia, eu tinha, apenas cinco crônicas, seis com a do ano de 2010, a que seria enviada no final desse ano.  Meia dúzia de crônicas não dá para fazer um livro.  Nem opúsculo !

Ao comentar com um amigo sobre esse assunto, ele me perguntou: “Por que não publica uma coletânea com essas mensagens e com outras que você tem ?!....”

Realmente, eu tenho algumas crônicas, de outros temas, que são publicadas em edições de cunho Maçônico.  Fiquei remoendo, em minha mente, essa possibilidade.

Coincidentemente, recebi um correioel de uma editora fazendo propaganda sobre publicação de livros para pessoas como eu.  Isto é, pessoas que não são nada no mundo literário.  (Sou um bom exemplo......)

Fui até essa editora para ver como era, elaboração, custo, etc. e tal.  Então, com a orientação da editora, reuni as crônicas sobre Natal, outras crônicas diversas, um poema, que eu tinha na gaveta, e três contos que somente eu havia lido....

....E surgiu o livro !  Isto é, o opúsculo !

Foram quinhentos exemplares.  Não tive interesse em vender.  Eu os distribui aos parentes e amigos, a exemplo como faço com as crônicas de Natal.

Na verdade, quem quer escrever um livro, não pode esperar uma situação como a minha.  Desse jeito, dificilmente editará uma obra.  Redigir um texto que prenda a atenção do leitor leva algum tempo e envolve muita energia.  Porém, reconhecer sua dificuldade de escrever e se fazer questionar sobre isso, já é um bom começo.

Primeiramente, quem tem vontade de escrever um livro tem de gostar de ler, porque escrever é conseqüência de leitura.  O ponto mais importante na formação de um escritor é a leitura.  Mas tem de ler o que gosta, não importa o tema.  O exercício da leitura dá subsídios para que o autor encontre formas de exprimir suas ideias.  Mas, se for leitura obrigatória, raramente ficará induzido a escrever.

Apesar da leitura ser importante, só se aprende escrever escrevendo, e, quanto mais errar mais saberá como acertar.  Parece um paradoxo !

Em segundo lugar, se tem vontade mesmo de escrever, tem de começar.  Comece escrevendo sobre qualquer coisa.  Não fique à espera da inspiração, se bem que isso pode ocorrer.  E nunca dê por terminado o que escreveu.  Revise tantas vezes achar necessário.  Verá que em cada revisão encontrará um erro, ou a possibilidade de mudar o enfoque, o direcionamento ou outra coisa qualquer.

Quem escreve tem de conhecer gramática.  Saber pontuar, preocupar-se com a concordância, com as repetições de palavras.  O autor deve dominar a língua escrita, para então avançar ao passo seguinte, que é a composição, isto é, o arranjo técnico e estético que tem, como produto final, o texto que quer elaborar.  Escrever com  vocabulário limitado ou com uma estrutura rebuscada pode provocar imperfeição no texto. Se alguém puder revisar, melhor.

Quanto o quê escrever, eu tenho um método.  Em qualquer lugar que eu esteja, se vier à mente uma idéia, procuro anotar, pois nem sempre se consegue lembrar depois que passou algum tempo.  Outra maneira é aproveitar um fato que alguém contou ou que tenha presenciado.  Piadas, estorinhas, também servem.  Se quer escrever, deve ter claro o que quer escrever.

Se alguém está convencido de que quer escrever é porque sente a vocação dentro de si.  Todavia, quando começa a escrever, percebe que ter ideias e saber como conduzi-las no papel não é a mesma coisa.  Não basta ter um excelente personagem para elaborar uma boa estória ou construir poesias envolventes e cativantes.

Outra coisa que também utilizo é ir escrevendo de qualquer maneira, conforme vai surgindo em minha cabeça..  Quem pensa muito escreve menos.  Depois, durante a revisão, vou acertando e aparando as arestas.

Se for citar nomes, locais, eventos, não deixe de pesquisar.  Lembre-se sempre que quem for ler, pode saber mais do que você sobre o assunto e encontrar erros ou incongruências.  Estar embasado é mais que fundamental.

Um livro de ficção envolvendo fatos, acontecimentos reais, chama à atenção, gera controvérsias e até campanhas contra a obra, o quê faz com que se  torne best seller.  Dan Brown é um grande exemplo disso.   Ele pesquisa e mescla fatos com a ficção que acabam confundido o leitor a pensar que o livro todo é verdade.  Seus livros O CÓDIGO DA VINCI  e ANJOS E DEMÕNIOS são prova disso.  Na sua última obra, SÍMBOLO PERDIDO, ele cita várias coisas sobre Maçonaria, mas  nem tudo que ele narra, acontece mesmo nessa Ordem.  Por exemplo:  Em virtude de divulgações errôneas, desse tipo, muita gente pensa que na Maçonaria se come criancinhas vivas.  É mentira, frita-se antes.... (Brincadeirinha !)

Repetindo:  A dificuldade, em escrever um livro, não se resume apenas em escrever, pois, além de descobrir um bom tema, há necessidade de se empenhar em pesquisas para colher material substancioso e interessante para envolver o leitor.

Uma coisa muito importante em termos estruturais, em qualquer criação literária, como forma de expressão de uma ideia, sempre deve ter começo, meio e fim, não importando se está escrevendo um conto, uma poesia, um artigo, uma crônica ou um livro.  Ou um opúsculo !....  Tem que ter substância, conteúdo e finalidade.  Antes de iniciar, saber o que quer contar.  A proposta pode até mudar durante o desenvolvimento da redação, e, dependendo do domínio do autor, essa maneira faz parte da estrutura na elaboração do texto.

Quando considerar que o texto está pronto, faça uma leitura em voz alta, imaginando que você está recebendo o que escreveu, com se fosse de outra pessoa.  Provavelmente, você ira mudar alguma coisa.

Peça para alguém, da sua proximidade, ler e comentar o que achou.  É outra forma de evitar que se tenha escrito algo inconveniente, e, corrigir. 

Para finalizar, repito o que disse no início:  A primeira coisa, para quem quer escrever, é LER !  Ler como forma de aprender, de se aprimorar na língua, de descobrir e de  conhecer coisas.  Porque, quem escreve, deve ter o que dizer.

Se o sonho é escrever um livro, não desista antes de tentar realizá-lo.  Pode ser que nunca virá a ganhar um Prêmio Nobel de Literatura, mas, certamente, terá a satisfação de ter feito a sua Obra Prima, particular, para a posteridade.

Desejo Boa Sorte a todos.  Espero, um dia, alguém aqui convidar-me para uma noite de autógrafos.....

Muito Obrigado !

E. Figueiredo

12.08.2011


CAVALEIRO DO ORIENTE.


Autor: e.figueiredo

Quando, no século XVIII, foram concebidos os sistemas que uniram todas as antigas instituições em uma só hierarquia, todos os Ritos adotaram o Grau de “Cavaleiro do Oriente”, também chamado “Cavaleiro da Espada” ou “Cavaleiro da Águia”.  A lenda de Zorobabel, a construção do Segundo Templo, o estudo da filosofia persa, a independência política e religiosa e, como ensino moral, a tolerância, têm sido base para os temas desse Grau, variando apenas tempos e lugares.

A denominação de “Cavaleiro” recorda, saudosamente, o culto da nobreza, das atitudes de amor ao próximo e românticas.  E, a Maçonaria, pretende que seus membros sejam, antes de tudo, os “Cavaleiros” da fraternidade, cobertos de delicadeza e de força de coragem.

A lenda do Grau 15 conta que, quando os exércitos de Nabucodonosor II, o Grande (605-562 a.C.), atacaram e destruíram Jerusalém, no ano de 587 a.C., destruiu-se também o Templo que havia sido construído por Salomão;  foram feitos 10.900 prisioneiros israelitas, os quais foram levados cativos para as margens do Eufrates;  dentre eles estava Salatiel, da estirpe real de David.  Durante o cativeiro Salatiel teve um filho que recebeu o nome de Zorobabel.

Após 70 anos de escravidão, Zorobabel obteve do Rei de Ciro II, o Grande (560-529 a.C.), sucessor de Nabucodonosor, a permissão de retornar à Jerusalém para reconstruir o Templo.  Nas ruínas do Templo reuniam-se os “adeptos” formando uma Reunião de Conselho.  O chefe desse Conselho contara a Zorobabel sobre as provações do povo e sua vontade de reconstruir o Templo, e pedira a opinião de Zorobabel. Zorobabel identificou-se com a causa e prontificou-se a solicitar ao Rei Ciro a liberdade dos judeus e a permissão para reconstruir o Templo.

Entretanto, Ciro concordaria em atender o pedido se Zorobabel contasse os conhecimentos da Ordem do Rei Salomão.  Zorobabel recusou:

--- “Que desejais ?” - perguntou-lhe o Rei.

--- “A liberdade !” - respondeu Zorobabel.

--- “Dar-te-ei a liberdade” - redargüiu o Rei - “e a de teu povo também;  restituirei os tesouros de Judá;  permitir-me-ei reconstruir o Templo de Teu Deus, se me entregares o Delta, oculto entre os iniciados do Teu país, e se me disseres o nome que nele contém !”

--- “Se é com violação de meus sentimentos que posso recuperar a liberdade” - respondeu-lhe Zorobabel - “morrerei na escravidão, pois sou, também, guardião do fogo !”

Ciro levou Zorobabel à Câmara dos Tesouros e lá mostrou os Sagrados Vasos do Templo.  Zorobabel, ainda assim, recusou.  Ciro, então, perguntou o que o salvaria de passar pelo fogo, como castigo:

--- “Quem te salvará da minha cólera ?” - perguntou-lhe o Rei.

--- “Teu juramento de soldado de Mithra e tua honra como Rei !” - replicou-lhe Zorobabel.

Impressionado com a resposta e a fidelidade de Zorobabel, Ciro decretou a liberdade para os judeus, permissão para que eles voltassem para Jerusalém e reconstruíssem o Templo, e que os Vasos Sagrados fossem entregues a Zorobabel, o qual foi nomeado Príncipe da Pérsia e Governador de Judá;  restituiu-lhe, ainda, a espada e presenteou-lhe com o colar dourado da Ordem Mediana e deu também seu próprio anel de sinete com o sinal de autoridade, com a qual foi ele investido.  Deu-lhe, além disso tudo, instruções secretas, recomendando-lhe só comunicar aos iniciados do Templo a reedificar.

Zorobabel e mais 700 operários israelitas percorreram o Eufrates, à borda do deserto da Arábia e, depois, tomaram o caminho de Damasco;  na passagem do Gabara encontraram uma ponte onde foram atacados por colonos babilônicos, estabelecidos em Samaria, os quais procuraram roubar-lhes o tesouro do Templo.  Os judeus, triunfantes, forçaram a passagem da ponte, mas Zorobabel perdeu, na luta, o colar de Rei.  Após três meses de marcha, entraram no país de Israel, em Jerusalém, e deram início às obras de construção do Segundo Templo, cujas dimensões eram o dobro das do primeiro.  Evidentemente, mais alguns milhares de pessoas acompanharam o Príncipe da Pérsia, como Josué, o sumo sacerdote, outros sacerdotes, agricultores e demais membros da Casa Real.

A edificação do Segundo Templo durou vinte e um anos, por causa da oposição levantada pelos Samaritanos contra os reconstrutores, dissentidos dos judeus desde a divisão do seu reino em 976 a.C..  Os Samaritanos, já tendo construído um templo próprio, não viram com bons olhos a construção de um novo Templo e passaram a hostilizar os operários.  Estes viram-se obrigados a trabalhar mantendo uma espada ao lado das ferramentas (daí a denominação de “Cavaleiro da Espada”), e com imenso sacrifício concluíram a almejada obra.

Conta-se, também, que certa vez o Rei da Pérsia teve um sonho que o fez proclamar a todo o seu povo que o Senhor o encarregara de edificar uma casa para Jerusalém, em Judá.  No sonho o Rei tinha visto Nabucodonosor e Baltazar, acorrentados e, por sobre eles, esvoaçando uma águia (daí a denominação de “Cavaleiro da Águia”), que dizia o nome do deus dos hebreus.  O sonho fora interpretado pelos sábios, que amedrontou o Rei se não obedecesse aos deus de Israel.

Aprendemos a fidelidade à obrigação e à perseverança de propósitos nas dificuldades e no desânimo.  Aquele que procurar servir, beneficiar e melhorar o mundo, assemelha-se a um nadador lutando contra a correnteza de um rio, sobre o qual os ventos provocam ondas turbulentas.  Às vezes, elas passam por cima de sua cabeça;  muitas vezes o dominam completamente.  A maioria dos homens rende-se diante da opressão do rio furioso e é arrastada para fora ou por cima da correnteza.  Somente aqui e ali encontramos o coração forte e os braços vigorosos que lutarão para alcançar o sucesso final.  A Maçonaria mantém uma campanha contra a ignorância, a intolerância e o erro.  Na trilha em busca do sucesso, por vezes, nos confrontamos com a indiferença de nossos aliados e do mundo.  Porém, Deus tem um interesse pessoal dirigido a cada um de nós.  Deus nos deu uma alma imortal aprisionada, durante algum tempo, dentro do nosso corpo mortal, e que a ânsia natural e instintiva pelo bem será recompensada.  Não obstante nós ainda não podermos compreender, totalmente, o plano divino, nós devemos ter e demonstrar fé.  A luz virá depois e desvendará todos os detalhes.

A recusa de Zorobabel em revelar os segredos é um grande exemplo de fidelidade e coragem.  Havia razão naquele tempo, como há hoje, para tais segredos.  Mistérios filosóficos só devem ser revelados àqueles que tenham mente purificada a fim de se tornarem receptivos aos ensinamentos.  A história nos mostra várias passagens, através dos séculos, de conciliações e compromissos.  A verdade é que não se pode fazer tratados, em termos conciliatórios, com bandidos, fanfarrões ou tiranos.  Mas a história recorda, também, que a Humanidade produziu centenas de heróis, cujas façanhas empolgaram as nações, como por exemplo, o nosso
próprio Jacques DeMolay e a figura central da nossa Lenda Hirâmica.  Há inúmeros exemplos de coragem.  E coragem é o que não deve faltar ao verdadeiro Maçom.

Uma antiga lenda do povo árabe conta que uma caravana, certa vez, encontrou a Peste, quando ela caminhava pelo deserto, em direção à Bagdá.  O chefe da caravana perguntou à Peste:

--- “Por que você tem que ir à Bagdá ?”

--- “Para tirar cinco mil vidas !” - respondeu a Peste.

No caminho de volta, eles se encontraram novamente.  O chefe da caravana estava, então, zangado e disse à Peste:

--- “Você me enganou !  Ao invés de cinco mil, você tirou cinquenta mil vidas !”

--- “Não !” - disse a Peste - “Cinco mil eu tirei, e não mais !  Foi o medo que matou o resto !”

A Maçonaria faz seus iniciados pensarem e os transforma em apóstolos da Verdade.  Isentos de preconceitos, de fraquezas e de leviandades de espírito, os Maçons fazem estudo sereno e sério dos fenômenos históricos da Religião e da Política;  trabalham para o advento de novas idéias, sem temeridade nem intolerância, mas com energia e coragem.  Muita coragem !

O Maçom é o constante construtor (a trolha !) de seu próprio Templo Humano, que destruído, sucessivamente, necessita de permanente reconstrução.  Para o Maçom sair do cativeiro e buscar a Grande Libertação, deve inaugurar o seu Templo !



BIBLIOGRAFIA:

   Camino,  Rizzardo da  - Cavaleiro do Oriente
      Clausen, H. C. - Comentários Sobre Moral e Dogma
         Figueiredo, J. G. de - Dicionário de Maçonaria
            Dicionário Enciclopédico Lello
               Enciclopédia Barsa
                  Enciclopédia Globo
                     Ritual do Grau 15

                                                                                              PS.IT.RA


(*) E. Figueiredo -  pertence ao  CERAT - Clube Epistolar Real Arco do Templo  / 
                                        Integra o GEIA –  Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas /
                                        Membro da  Confraternidade Mesa 22, e é
                                        Obreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos – 669  (GLESP)


A PALAVRA DO VENERÁVEL MESTRE.

Meus Irmãos, neste dia de festas em que encerro meus trabalhos e entrego o malhete ao novo Venerável Mestre, meu querido Ir.´. Jorge Breslau, ouso afirmar que nosso barco chega novamente a um porto seguro. 

Vamos aproveitar este dia de festas e o descanso que nos é permitido, hoje, somente hoje, pois amanhã nosso barco partirá em sua jornada maçônica sob o comando de um novo capitão justo, perfeito e competente. Iremos irmanados na mesma vontade comungando os mesmos princípios, unidos, coesos olhando para o mesmo futuro sem medo dos desafios e sem perder o passado de vista. Amparados pela sabedoria dos Irmãos mais experientes daremos em prol da nossa Loja, todo o apoio que o novo Venerável Mestre necessitará para poder nos conduzir ao próximo porto seguro e confiante como eu, passar o malhete para seu sucessor com o coração leve, assim como o faço.

Nestes dias atuais as pessoas perdem a confiança nelas mesmo e aos pouco perdem a fé e a coragem para continuar lutando pelos seus ideais. Perdem seus sonhos encarceradas na negação. Condicionados à publicidade, pela retórica da intransigência, pelo medo do fracasso e quem sabe do sucesso, nivelam tudo por baixo, desistem, reclamam e fazem do “ É ASSIM MESMO, FAZER O QUE?” sua apologia ao conformismo, vivendo limitados e limitando aos que os procuram.

Não somos assim. Não foi assim em nossa Administração 2010/2011, com o apoio de todos obreiros de nossa querida ARLS VERDADEIROS IRMÃOS, 699, crescemos o numero de 20 para 24 irmãos, regularizamos a situação fiscal da loja desde a sua fundação, registramos nossas atas e estamos concluindo o processo final de tal situação, acudimos necessitados com doação de brinquedos e ovos de páscoa para 240 crianças, doamos cadeira de rodas, cama hospitalar, cadeira de banho, fraldas geriátricas para aqueles que necessitaram, apoiamos Lojas irmãs em suas empreitadas, incentivamos nossos irmãos a divulgarem nossa Loja através de visitas, inclusive internacionais, implantamos nosso certificado de visita, realizamos nosso jantar de confraternização anual, criamos a comissão para festejos do nosso 4º. Aniversario e o mais importante, criamos a comissão para a construção do nosso Templo próprio e naturalmente de nossa futura ONG.....É ASSIM MESMO, FAZER O QUE?... eu respondo :

Continuar em honra aqueles que acreditam em nós, passar por cima, ou melhor, ao lado, dos que não acreditam na conquista ou que não acreditando em si próprio desistem e sem disposição de lutar pelo que acreditam, preferem dar a mão à derrota não se predispondo a vitória.
Acho que nossa vida é assim mesmo: Fazer algo por que não podemos fazer tudo. Somos pessoas diferentes e lidamos com diferenças em busca de uma realização comum. Isto me faz citar o Teatrólogo Marcelo Marcus Fonseca
“ISTO QUASE SEMPRE É POSSÍVEL QUANDO NÃO EXISTE INTOLERANCIA”
Existe uma verdade e que devemos defende-la. Temos que tirar a venda que não nos permite ver a Verdadeira Luz e temos que romper as correntes da descrença e deixar de acreditar que as coisas são somente aquilo que queremos ver. Existe vida após o oceano, não somos somente aquilo que aparentamos ser.

Aos que conosco permanecem doem-se e trabalhem ombro a ombro com nosso mais novo Venerável. Juntos conquistaremos nosso ideal... Aos que partiram ainda suplico, voltem ao nosso convívio meus irmãos,
“...É a beleza do lugar/
Pra se entender/
Tem que se achar/
Que a vida não é só isso meu irmão/
É um pouco mais/
Que olhos não conseguem perceber...”

Grande abraço, Angel D. Zaccaro Conesa – V.´. M.´. 2010/11 SP 27/06/2011

MISTÉRIOS E TECNOLOGIAS DA ANTIGUIDADE.

(Parte Final)


Autor: Ir.´. Dilson C. A. Azevedo

Ann Madden Jones, a pesquisadora citada anteriormente, chama atenção sobre um aspecto inédito: que o Óleo de Unção da Arca apresentava componentes da fórmula dos Electretos (ímãns permanentes). Eles são compostos plásticos desenvolvidos recentemente, usados em Holografia Acústica (ver wikipedia), e que ao recebem ondas eletromagnéticas vindas do espaço contendo uma imagem, ajudam na projeção da mesma em um ambiente. A holografia (do grego holos total, e graphé, escrita) surgida em 1948 é uma fotografia que registra a imagem em três dimensões. Em 1962 criou-se a holografia a laser de objetos tridimensionais. Muitos cartões de crédito apresentam hologramas e no filme “Star Wars” aparece imagem tridimensional de uma personagem distante, movimentando-se e solicitando ajuda.
Outro tipo de comunicação com o Senhor ocorreria através respostas simples, afirmativas ou negativas, pelos objetos Urim e Thummim, de aparência e construção desconhecidas, usados pelo Sumo Sacerdote sobre o Peitoral. Este era uma placa de ouro, onde estavam engastadas doze pedras preciosas, dispostas em quatro ordens ou filas de três pedras. Em cada pedra foi gravada graças ao Schamir (referido ao inicio desse trabalho) o nome de uma das tribos de Israel, palavra cujas letras em Hebraico curiosamente formam as iniciais dos Patriarcas e suas esposas: Yacôb, Sarah, Rahel, Abraham, Le’ah.
Afirma-se que a resposta da consulta ao Senhor, acontecia com os brilhos variados das pedras sendo cada uma delas de cor e transparência diferentes, e que faiscavam de modo diverso.

Leia-se: Números 27,2 (ele se apresentará ao Sacerdote que consultará em favor de um julgamento de Urim diante de Javé); Êxodo 28,3 (no Peitoral de julgamento prenderás o Urim e Tumim); Levitico 8,8 (impôs-lhe o Peitoral e sobre este o Urim e o Tumim). Entretanto, de acordo com Ann Madden Jones produzir - se - ia som com estes objetos através das moléculas do ar ambiente em técnica atual (1950) denominada; Ionic Air Speaker (ver www.soundimage.dk/Different.col/plasma.htm).
Há cerca de três anos o genealogista internacional e escritor Laurence Gardner (tem livro publicado em português), adicionou mais um elemento aos mistérios da Arca considerando que dentro dela houvesse um recipiente com ouro em estado de supercondutividade chamado ORME (elemento monoatômico orbitalmente rearranjado) Este produto era conhecido pelos Egípcios como MFKZTL (pó branco) Usava - se para levitar, ativar o campo energético individual, expandir a consciência permitindo acesso a outra dimensão, e conseguir melhores condições de saúde (Pedra Filosofal Elixir da Vida).
Moises (Moschê em Hebraico) pertencia a elite cientifica dos Egípcios, tendo inclusive conhecimentos de Alquimia. Esta palavra vem do Árabe Al Khem (O Pais Negro), nome dado ao Egito na Antiguidade. Ela estuda a manipulação de substâncias químicas para obtenção de novos compostos, inclusive transmutar metais em ouro, havendo também um aspecto Esotérico (oculto). Na Antiguidade os que realizavam estes experimentos eram perseguidos para obter - se seus segredos, daí ela ser uma Ciência repleta de símbolos e códigos. Afirmavam seus praticantes que a publicação do que conheciam poderia causar destruição do mundo. Um dos mais afamados Alquimistas foi o francês Nicolas Flamel (1330-1418) que ao encontrar um livro antigo contendo textos e desenhos misteriosos tornou-se subitamente rico. Realizou então inúmeras obras de caridade, construindo hospitais, igrejas, abrigos, cemitérios decorados com símbolos alquímicos e muito ouro. Ele e sua esposa apresentavam saúde invejável e não aparentavam a idade que tinham. Existe uma lenda de que ao serem saqueadas as suas tumbas não se encontraram seus corpos, apenas roupas. A sua residência até hoje existe na cidade de Paris. 

Algumas pessoas poderão considerar o que foi exposto como fantasias, hipóteses extravagantes, assuntos não sérios para serem abordados na Maçonaria.



Cerceiam assim o direito individual dado pelo Criador, de usar a Razão no estudo na Verdade, e desrespeitam a possibilidade das pessoas pensarem de outras formas.



Esquecem também, exemplos históricos, desacreditando ´´certezas do conhecimento humano´´ e ignoram a declaração da ONU (1946) que afirma: ´´A liberdade de informação é um direito humano fundamental”.



Houve um tempo em que dogmaticamente admitia - se que a Terra era o Centro do Universo (Hipótese de Ptolomeu), o que depois se demonstrou assim não ser.



Existiu uma época em que oficialmente considerava – se a forma do nosso Planeta de modos diversos embora um indivíduo (Aristóteles 384 a.c 322)  já admitisse estaríamos em um mundo arredondado, observando a sombra projetada pela Terra em eclipse da Lua.



Certa ocasião um médico húngaro chamado Semmelweis (1818-1865) foi ridicularizado e perseguido por obrigar estudantes e Doutos professores que trabalhavam na Clínica Obstétrica de Viena, a lavarem as mãos antes do atendimento as gestantes, o que os citados ´´Luminares´´ não achavam necessário. Este procedimento simples mudou radicalmente para melhor o panorama da Febre Puerperal, que matava milhares de mães e crianças.



Naquela época tal conduta salvadora ficou inexplicável. Mais tarde, porém graças ao uso do microscópio, descobriram – se os invisíveis micróbios, que eram transportados pelas mãos sujas dos médicos, e assim a luz surgiu...



Decerto estes agentes infecciosos não existiam antes...



Durante a Peste Negra na Europa, havia certeza que os judeus praticavam bruxaria, por apresentar menor índice de contagio.

A Peste Negra foi uma pandemia de Peste Bubônica que matou 75 milhões de pessoas na Europa no século XIV. Acontecia, porém que este povo citado, por recomendações religiosas lavava as mãos antes das refeições, tomavam no mínimo um banho semanal, viviam em melhores condições de higiene.



A cidade de Tróia (ou Ilion) era com certeza uma lenda do poeta grego Homero, em sua obra Ilíada, até que um arqueólogo amador alemão H. Schliemann (1822-1890) conseguiu encontrá-la nos últimos vinte anos de sua vida, em local próximo ao mar Egeu. Isto foi o coroamento de um sonho surgido em torno dos seus oito anos de idade, ao ler um livro ilustrado de História do Mundo.



Em análise final de tudo o que foi exposto neste trabalho lembre se o que falou o escritor britânico James Churchward (1851-1936): 

´´As civilizações nasceram, formam completadas e depois constantemente esquecidas. Não existe nada de novo debaixo do Sol.

O que é, já foi. Tudo que aprendemos e descobrimos já existia antes, as nossas invenções e descobertas não são mais do que do que re-invenções, re-descobertas ´´.

O Prémio Nobel de Medicina (1906) Ramon Y Cajal afirmou certa vez:

´´Não existem assuntos esgotados, e sim pessoas esgotadas em certos assuntos´´.
 

 Assim com certeza, novas perspectivas de estudo surgirão para estes temas aqui abordados. Importante é ter sempre uma mentalidade não temerosa em investigá-los, pois como disse o escritor inglês Aldous Huxley (1894-1963):

“Os fatos não deixam de existir, só porque são ignorados”.



O Ir.´. Dilson é membro do GEIA e obreiro ativo da ARLS Verdadeiros Irmãos, 669.

MISTÉRIOS E TECNOLOGIAS DA ANTIGUIDADE.

(Quarta parte)

Autor: Ir.´. Dilson C. A. Azevedo


O aspecto comunicação do “Senhor” com o Sumo Sacerdote, ocorria necessariamente entre os dois querub da Arca.
Não acontecendo o relacionamento por outros meios, como por exemplo, sonhos ou visões, indicariam isto uma limitação ao poder Divino.
Dentro de uma ampla visão sobre este assunto, cite-se aqui opinião de alguns autores, verdadeira ou falsa, que ali manifestava - se não o D’S Supremo do Universo, e sim um “Encarregado em preparar o povo hebreu para alguma missão histórica na Humanidade”.
Estes pesquisadores lembram ainda diversas passagens bíblicas demonstrando constantes encontros de Mensageiros (Anjos) com o povo eleito, o qual se caracteriza até hoje por um rigoroso respeito à Tradição, Família e Religião, o que contribui para a posição que ocupam na Sociedade. Exemplos de contatos: Agar encontra o anjo Miguel; Abraham é impedido por um anjo em imolar Isaque; Jacó luta com um anjo, etc.
O referido “Encarregado” embora possuindo grandes qualidades, ou não seria escolhido para a missão contrasta muito com o perfil de um “Pai” apresentado posteriormente por Jesus: bondoso, nunca ameaçador, ou coagindo a obediência.
Em várias passagens do Velho Testamento está escrito, textualmente, que aquele citado “Ser” era autoritário, desconhecia coisas (p.ex.no Êxodo, qual a casa dos Hebreus ou egípcios na matança dos primogênitos), arrependia-se, exigia sacrifícios (ver Levítico), ordenava massacres (p.ex., dos Cananeus). Andou “Ele” na Terra e teve seus pés lavados na morada de Abraham, onde provou alimento preparado por Sara (Gênesis 18).
Leia-se a propósito, as passagens a seguir: Números 11,1(fogo contra os que murmuravam contra Ele), Números 15,3-7 (sacrifícios com odor agradável a Javé) Números 15,32 (morte ao homem que colhia lenha no sábado), Números 11,10 (Javé em cólera por lamurias do povo), Números31 (vingança de Javé contra os madianitas), Êxodo 12,13 (o sangue seria o vosso sinal nas casas onde estiverdes), Êxodo 32,27 (manda matar 3 mil homens, irmão amigos por induzirem Aarão a criar um bezerro de ouro),Josué 10,11 (Javé faz cair pedras do céu contra inimigos de Israel), Ezequiel 9,5 (exterminar velhos, jovens, criancinhas ), Deuto 2,26-35 (destrói de cidades e todos os habitantes, homens, mulheres, crianças), Isaias 45,7 (formei a luz, criei as trevas, dou felicidade, suscito a desventura).
Evitam os teólogos abordar estas citações constrangedoras, difíceis de encarar frente às características Divinas, e apresentam varias explicações. Eis algumas delas:
1º) Não se deve interpretar a Bíblia literalmente.
2º) O “Senhor” concede a vida, e pode tirá-la...   
3º) Era necessário proteger Israel da corrupção espiritual e idolatria, embora tenha sido comprovado no deserto que os israelitas eram tão inclinados a idolatria, quanto seus vizinhos...
O teólogo holandês A. Van de Beek chegou até dizer: “O modo de agir de D’S não corresponde aos nossos padrões de bem e mal”.
Outros religiosos citam Deut 32,3”-4:” Ainda que Ele seja forte, suas obras são perfeitas.
Porque todos os seus caminhos são justiça. “D’S é fiel e sem iniqüidade, justo e reto é Ele”.
Ressalta-se ainda que a Bíblia, divinamente inspirada, capaz de transformar os homens e construir uma sociedade melhor, foi escrita após os acontecimentos descritos, com informações que circulavam de boca em boca, havendo uma variedade de modos de falar e contar os fatos.
Existe também no que está relatado, a possibilidade de antropopatismo, ou seja, atribuir a D’S sentimentos humanos.
Acontecem muitas vezes, distorções das palavras Divinas para justificar violências, ou tirar proveitos pessoais.
O célebre Godefroy de Bouillon (1058-1100) líder da Primeira Cruzada, “fervoroso cristão”, ao invadir Jerusalém, não poupou mulheres, crianças, velhos e doentes, sendo que em alguns locais da cidade, o sangue corria pelas escadas e chegava até a pata dos cavalos.
A Klu Klux Kan (do grego Kuklos, círculo acrescido da palavra Clan), organização racista dos E. Unidos inspirada em passagens da Bíblia justificava por isso sua violência contra negros e judeus.
Nas expedições militares contra os Cátaros (do grego Katharos, puro) religião outrora existente na França, derivada do Cristianismo, considerada pelo Vaticano como Heresia, chegou-se a afirmar em massacre de uma cidade que todos os habitantes deveriam ser mortos, pois D’S saberia reconhecer os seus.
Assim vão os seres humanos ao longo da história, interpretando mal os acontecimentos, perpetuando erros, adotando condutas em desacordo com os princípios que afirmam defender. 
Voltando à comunicação através da Arca, citem-se as conclusões do Prof. Roger Isaacs, membro de uma família, judaica de rabinos e estudiosos bíblicos, em seu livro Talking With God (2010), fruto de quarenta anos de pesquisas.
Considera ele que a Arca seria um instrumento receptor e transmissor de ondas eletromagnéticas, convertendo-as em sons, graças aos querubins, palavra relacionada ao acadiano Karubu, a qual tem vários sentidos, um deles orar, comunicar-se com D’S.
Segundo este autor a palavra pedra (eben em hebraico), referindo-se ao que Moises recebeu no Sinai (Êxodo 24,12) é substituída depois na Bíblia por “Edut” (testemunho), devendo o termo “arone ha edut” ser traduzido por “Arca da Comunicação”.
A cobertura da Arca (caporet) apresentava os querubins. Neles está ressaltado um aspecto de asas ou disco alado, conhecido por muitas culturas antigas (egípcia, assíria, fenícia), com a função de guardar ou proteger. Serviriam eles na Arca como antenas para atrair ondas sonoras para o “Edut”.
Este conjunto pedras e antena, constituindo um aparelho de recepção, lembram na época moderna o antigo Rádio de Galena (sulfeto de chumbo cristalizado no sistema cúbico; octaedros) com uma bobina e capacitor. Foi empregado na guerra pelo seu pequeno tamanho e simplicidade, bastando esticar um fio (antena; dispositivo responsável por radiação e recepção de ondas) para se captar estações. Poder-se-ia também usar-se cristal de silício neste aparelho.
Quando ocorria comunicação entre a Divindade e os Hebreus, surgia uma Nuvem sobre a Arca, e esta mesma nuvem estava presente quando a Arca foi instalada no Templo de Salomão, causando grandes impactos entre os presentes (1 Reis 8,1- “ Os Sacerdotes não puderam continuar suas funções por causa da Nuvem, pois a “Glória” de Javé enchia o Templo).
Esta ocorrência seria perigosa por ser radioativa, produzindo queimaduras ou morte (ver Levítico). Mesmo quando ela não estava presente havia perigo residual. Não se tocavam as coisas sagradas pelo perigo de morte (Números 4,15).
Usava-se proteção para os efeitos dela através de incenso especial, sal, óleo, sangue (tem diversos eletrólitos: íons positivos e negativos), roupas adequadas, etc.
Sacrifícios eram feitos não para expiação, porém para proteção química dos perigos da nuvem radioativa.
Em nossa época após o acidente atômico em Fukushima no Japão (12/04/2011) estão sendo realizados estudos com resveratrol, antioxidante encontrado no vinho tinto, uvas, nozes visando proteção contra a doença da radiação.
No Japão pesquisas com a sopa de miso, também mostraram efeitos benéficos por quelação de metais pesados como o estrôncio radioativo, descarregando-o do corpo.
Visando proteção apenas para a tireóide emprega-se o iodato de potássio.

* O Ir.´. Dilson é membro ativo do GEIA e maçom regular da ARLS Verdadeiros Irmãos, 669.