O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

CONSIDERAÇÕES SOBRE O UNIVERSO E A VIDA.

(Segunda Parte)


Autor: Ir.´. Dilson C. A. Azevedo

Voltando ao questionamento inicial sobre o que é a Vida e consequentemente o que são os Seres Vivos, podemos dizer que eles são aqueles que apresentam as seguintes características:

(1ª) Composição química complexa e definida, com predomínio de:

• Carbono,

Único elemento que forma anéis e enormes cadeias com seus átomos.

• Oxigênio,

Sua falta é mortal, e o seu excesso gera radicais livres, associados a várias doenças e envelhecimento.

• Hidrogênio,

Elemento mais simples e mais comum no Universo.

• Nitrogênio (azoto),

Existe nas proteínas, havendo troca constante entre as moléculas azotadas atmosféricas e os compostos azotados no solo.

O Carbono combina com outros átomos para formar grande variedade de moléculas, como por exemplo:

• Aminoácidos,

Essencialmente em número de 20 para o homem, e enigmaticamente levógiros nos seres vivos, desviando a luz polarizada para a esquerda.

• Proteínas,

Reunião de aminoácidos. São o material para a formação e regeneração celular. Atuam como enzimas (aceleram reações químicas) e anticorpos (contribuem na defesa orgânica contra agressões por bactérias, etc).

Átomo é a menor partícula que caracteriza um elemento químico. Em visão simplificada são compostos por prótons, nêutrons, elétrons. Existem 10 elevado a oitenta átomos no Universo conhecido. Molécula é a menor parte de uma substância pura que ainda é aquela substância.

O Hidrogênio e Oxigênio, reúnem-se para produzir água que é fundamental para a Vida Terrestre.

A misteriosa Vida entretanto sempre nos surpreende no aspecto da arrogância de tudo sabermos.

Em novembro de 2010, a NASA, descobriu outra forma de vida, uma bactéria contendo Arsênio, elemento tóxico.

Abre isto a possibilidade de adaptações da Vida em ambientes diferentes do terrestre comum.

(2ª) Apresentam Ácidos Nucléicos,

Ácido Ribonucléico (ARN) e Ácido Desoxir ribonucléico (ADN). O ADN graças a 25000 ou 30000 genes, segmentos de sua molécula presentes em estrutura celular chamada Cromossomo (em numero de 46 no homem) codifica a formação de proteínas, que são talvez em número de um milhão no homem.

Noventa e nove por cento desses genes são compartilhados pelos chipanzés (têm 48 cromossomos), sendo intrigante a origem do restante da nossa diferenciação genética (1%).

(3ª) Regeneração.

Lagartos são capazes de regenerar a cauda.

(4ª) Reprodução,

Ausente em eunucos, crianças, mulas, abelhas operárias, etc.

(5ª) Estrutura Celular,

A célula é a unidade morfológica e fisiológica dos Seres Vivos, que podem ser Uni ou Pluricelulares. Nos Seres Pluricelulares (várias células) ela agrupa-se em tecidos e estes em órgãos.

Existem 10 quatrilhões de células no corpo humano, o que muito excede o número da população humana: 6,8 bilhões de indivíduos (Abril 2010).

(6ª) Reação dos Estímulos.

Por exemplo, luz e calor.

(7ª) Metabolização (transformação de substâncias).

Os Seres Vivos obtem energia a partir dos alimentos, sendo, a mesma usada nas reações químicas, produção de calor corporal, etc.

A metabolização ocorre graças a energia das moléculas de Trifosfato de Adenosina (ATP) presentes em numero aproximado de um 1 bilhão em cada célula comum e situadas nas organelas chamadas mitocôndrias.

Segundo o químico P. Watkins:

“Onde há Vida há ATP”.

Em relação às mitocôndrias convém dizer que o nosso ADN mitocondrial é herdado da Linhagem Feminina (materna), descoberta recente, que explica algumas tradições étnicas e religiosas humanas.

Resumindo de modo muito sintético: Seres Vivos são aqueles que nascem, crescem, reproduzem-se e morrem (desestruturam-se, perdem a forma). Teem assim o que se chama Ciclo Vital.

A Ciência destaca duas possibilidades no aparecimento destes Seres:

(1°) Vinda do Espaço Sideral em meteoritos contendo matéria orgânica, Teoria da Panspermia, já defendida pelo grego Anaxágoras, no século VI a.C.

Sabe-se que anualmente caem, cerca de 10 mil toneladas de sedimentos na Terra, os quais aquecem-se por fricção em contato com gases (atmosfera) que envolvem a Terra.

Em 1970 encontrou-se o Meteorito de Murchinson (cidade na Austrália) com ácidos nucléicos, componentes fundamentais da Vida.

Uma viagem interplanetária seria até possível a bactérias, pois existe em nosso planeta a Deinococcus radiodurans, resistente a altíssimos níveis de radiação, vácuo, dessecação (Revista Fapesp, outubro 2010).

Recentemente cientistas de renome como Francis Crick e Leslie Orgel, sugeriram a possibilidade de uma Panspermia Dirigida por seres alienígenas mais desenvolvidos.

Disse o famoso cientista americano Carl Sagan (1934-1996):

“O que significa para uma espécie inteligente ter milhões de anos? Desenvolvemos o radio, telescópios, e naves espaciais em poucas décadas. Nossa Humanidade técnica tem algumas centenas de anos, mas uma civilização com milhões de anos está além de nós como estamos além de um arbusto ou de um macaco”.

Temos computado até agora, com nossos parcos recursos, cerca 500 planetas extra solares. Um deles ao redor da estrela Gliese 581, com idade entre 7 a 10 bilhões de anos. Lembrando que nosso Sistema Solar tem 4,5 bilhões de anos, imaginemos, havendo vida naquele local, que avanços tecnológicos não teriam.

Existiu um famoso lingüista o Prof. Zecharia Sitchin (1920-2010), autor de vários livros, publicados inclusive em português, que afirma após estudar escritas cuneiformes (feita com objetos em forma de cunha) da Suméria (o atual Iraque oficialmente a civilização mais antiga da humanidade, quarto milênio a.C) ter sido o Homem primitivo aperfeiçoado por visitantes extraterrestres, pois é difícil pelo Darwinismo explicar o súbito aparecimento do H. Sapiens.

Antigos símbolos, segundo ele, lembrariam estes contatos, por exemplo, o Caduceu Babilônico de Ningishizida, deus ligado a medicina, com duas serpentes entrelaçadas em aspirais ascendentes, simétricas e opostas, revelando naquela época a dupla Hélice do ADN, que está relacionado a Vida. Convém entretanto dizer que os Lingüistas e Cientistas tradicionais, desconsideram as traduções e conclusões do citado professor.

 

Esta possibilidade de outras civilizações, extraterrestre, também foi defendida pelo grego Metrodorus de Chios (4° século a.C) que afirmou:

“Parece impossível que em uma grande lavoura cresça apenas uma  touceira de trigo, e num Universo infinito exista apenas um mundo habitado”.

Lembre-se aqui passagens bíblicas que podem sugerir visitantes alienígenas:

(1ª) Gênese 18;

Onde Javé (Senhor) apareceu a Abraão que lavou os seus pés (!!!) e alimentou-o (!!!).

(2ª) Gênese – 6, vers 1 e 2;

Onde “anjos” descem (!!!) do Céu e teem relações amorosas com as filhas da terra, que geram gigantes, mostrando isso inclusive uma compatibilidade genética.( Seria isto mais um aspecto da “imagem e semelhança”?) Haveriam ainda descendentes desses cruzamentos?

Sendo estas considerações verdadeiras, teríamos mais um rude golpe no Ser Humano, como o foi a perda do Geocentrismo (Terra no centro do Universo, e corpos celestes girando ao seu redor) situação dogmática até algum tempo atrás.

Recorde-se neste esclarecimento as contribuições de:

• Copérnico (1473-1543)

Teve livros queimados em praça publica.

• Galileu (1564-1642)

Obrigado a retratar-se por suas idéias, e redimido oficialmente apenas em 1992.

• Felipe (Giordano) Bruno (1548-1600)

Religioso, torturado, queimado vivo para não ocorrer derramento do seu sangue. Teve também dilaceramento de sua língua a fim de impedir falasse verdades ou gritasse durante o seu suplicio.

• Os donos do poder, que estão sempre ocultando o conhecimento (para tirar vantagens) ou desacreditando certos fatos (em público) repetem o comportamento de um padre no comitê consultor, organizado pelos Reis da Espanha, a fim de avaliar a proposta de Colombo (1451-1506) para buscar outras civilizações e que falou o seguinte:” Existe alguém tão idiota a ponto de acreditar que há pessoas do outro lado do Mundo com pés em oposição aos nossos, e cabeça pendurada?”.

Um exemplo da ocultação de Conhecimentos, foi o que sucedeu as idéias de um dos maiores gênios da Humanidade, o inventor Nikola Tesla (1856-1943).

Apesar de inúmeras invenções utilizadas até hoje, uma delas não foi colocada em prática e que seria a transmissão sem fio da energia elétrica.

Isto prejudicaria os investimentos em minas de cobre (usados em fios elétricos) do banqueiro J. P. Morgan. Imediatamente após a morte de Tesla, o FBI apoderou de todos os seus documentos, enviando-os para Washington, com um carimbo: TOP SECRET.

(2ª) Formação de moléculas em nosso próprio planeta, que se organizaram em macromoléculas, e estas em orgânulos que integram as células (unidade básica da Vida).

Entretanto os cientistas D. Green e R. Goldbereen ressaltam: “ A transição de macromoléculas para a célula é um salto de dimensões fantásticas, que está alem da série de hipóteses verificáveis. Nessa área tudo são conjecturas”.( Molecular insights into living process).

De acordo com o físico Paul Davies:

“O tempo necessário para alcançarmos o nível de ordem em que nos encontramos hoje no Universo, segundo processos puramente aleatórios, seria da ordem de pelo menos 10 elevado a 10, elevado á 80 anos, um número inconcebivelmente maior que a atual idade do Universo”.

ADN e suas bases

A célula é constituída por uma parte central (núcleo) e outra envolvente chamada de citoplasma, onde ficam estruturas (orgânulos; como ribossomos que produzem proteínas, mitocôndrias que geram energia, etc.). Ela é limitada por uma membrana protetora que permite a troca de substancias com o meio exterior. Existem cerca de 200 tipos de diferentes células no corpo humano, e responsáveis por várias funções.

O núcleo celular contém uma estrutura filiforme, os cromossomos, 46 no Homem, 23 herdados do pai, 23 herdados na mãe. Em cada organismo Vivo existem número diferentes de cromossomos. Neles está o ácido desoxirribo nucléico (ADN), dois filamentos entrelaçados como uma hélice dupla contendo cadeias de bases nitrogenadas: adenina, timina, citosina, guanina. O ADN que é autoreplicante contém informações codificadas (seqüência das bases) para a perpetuação hereditária da Vida, as características individuais, e o funcionamento celular. Presos a ponta de cada cromossomo estão os telômeros, partes não codificadores de ADN que encurtaram a cada divisão celular limitando a sobrevida da célula e cuja manipulação, impedirá o envelhecimento.

Existem cromossomos X e Y.

Nos espermatozóides (célula masculina fecundamente humana), temos os cromossomos X ou Y, enquanto no óvulo (célula feminina) temos os cromossomos X. Importante é dizer que nessas células existem apenas 23 cromossomos, que ao se juntarem com a célula do outro sexo, perfazem o total de 46, número da espécie humana.

O sexo dos Seres Vivos é determinado pelo macho.

O sexo masculino normalmente tem a composição XY e o feminino XX, embora a realidade possa ser mais complicada. Um exemplo seria a ocorrência de um em cada 20 mil machos de uma composição XX.

São eles seres normais em comportamento e inteligência, porém com testículos menores do que os machos comuns e conseqüentemente, inférteis.

Na biologia também existe um fenômeno intrigante: a parteno gênese (ou telitoquia). Trata-se de algo raro no reino animal e relatado em cerca de 1500 espécies, onde ocorre desenvolvimento de um embrião sem fertilização.

Outra curiosidade biológica é que pesquisadores acreditam que um dia haverá desaparecimento do cromossomo Y, o qual confere normalmente características masculinas ao homem. Citam como exemplo, certas espécies de lagartos em que atualmente só existem fêmeas, devido ao fenômeno da perda de genes ao longo de milhões de anos.

Nesta Evolução Progressiva dos Seres Vivos, podemos destacar as seguintes seqüências:

(1ª) 15 bilhões de anos atrás.

Formação do nosso Universo (Teoria do Big Bang), ocasião em que de um ponto inicial expandiram-se, energia, matéria, espaço.

Considere-se que este momento inicial onde tudo estava conectado talvez indique possa continuar um entrelaçamento quântico (nível subatômico) entre tudo que existe.

(2ª) 4,6 bilhões de anos atrás.

Formação da Terra.

(3ª) 3,8 bilhões de anos atrás.

Surgimento dos organismos unicelulares.

(4ª) 3,5 bilhões de anos, atrás, aparecimento das Cianobactérias, algas verdes azuladas, que usam a luz solar como fonte de energia para a fotossíntese.

(5ª) 2,1 bilhões de anos atrás, surgimento dos organismos celulares com núcleo.

(6ª) 720 milhões de anos atrás.

Aparecimento dos seres Vivos multicelulares.

(7ª) 1 ou 3 milhões de anos atrás.

Aparecimento na África (Etiópia) do Australopthecus afarensis. Em 1974 foi descoberto um fóssil deste Ser (Lucy; nome tirado da canção Lucy In The Sky With Diamonds), considerada nossa ancestral mais antiga, talvez o elo perdido entre os macacos e o Homem. Lícito então é concordar com o que disse Svante Paabo, o maior geneticista arqueológico mundial: “Nós somos todos Africanos vivendo na África, ou em exílio recente de lá”.

Entretanto, agora em Dezembro de 2010, a situação ficou confusa, com a descoberta de hominidios siberianos (denisovanos) os quais cruzaram-se com os africanos gerando descendentes em Nova Guiné.

Que outras visões biológicas poderíamos abordar?

A linguagem transitória, asséptica e fria da Ciência, sem meios de atingir a essência das coisas, fala que a Vida é um conjunto de funções que resistem a Morte (Xavier Bichat 1771 -1802). Recentemente entretanto surgiram visões mais complexas abordando-a através os conceitos de teleonomia (informação armazenada), morfogênese autônoma (construção própria) invariância reprodutiva (capacidade de reproduzir uma estrutura de elevado grau de ordem) defendida por J. Monod (1971 – Premio Nobel de Medicina) ou autopoiesis (autocriação), hipótese desenvolvida pelos neurobiólogos chilenos H. Maturana e Francisco Varela.

Segundo o Prof. Luiz Antonio Andrade (Univ. Federal Fluminense): “De acordo com os últimos” autores a Vida se manifesta como uma unidade autopoiética, formada por uma rede de interações moleculares concatenadas que produz, continuamente, os próprios componentes que participam das interações e das transformações internas da unidade e, além disso, a fronteira que lhe dá forma.

As unidades autopoiéticas são fechadas em sua organização autoprodutoras e automantenedora, mas são abertas às trocas de matéria e energia com o meio.

Essas trocas dependem de uma mobilidade molecular, facilitada pelo meio liquído.

Assim explica-se, justifica-se, e dissimuladamente omite-se o planejamento para que tudo ocorresse deste modo. É mais uma versão da história de uma caixa com letras do alfabeto na qual espontaneamente surgissem as mais diversas obras literárias, esquecendo-se que para isto ocorrer há necessidade de fenômenos não explicáveis pelo acaso.

Pelos conhecimentos até aqui expostos percebemos que a Vida é uma rede complexa de interações tendo começado em nosso planeta provavelmente na água, conforme registros fósseis, e dependente de um mínimo de complexidade.

Destacam-se nela o metabolismo, a autoreprodução, a capacidade de evoluir.

A composição química orgânica não a explica inteiramente, pois um Ser ao morrer, tem inicialmente a mesma composição e estrutura do estado Vivo. Segue-se porém a desorganização, a incapacidade de automanutenção e término da troca de matéria e energia com o ambiente.

Outro aspecto a ser ressaltado é que embora a Ciência, atividade intelectual do Homem, tenha proporcionado respostas e progressos em diversos aspectos da Vida Humana, ela não tem ou terá capacidade de falar acerca do significado da Vida.

Também não dirá porque a matéria que nos constitui adquiriu a capacidade de indagar a respeito da sua própria existência e desenvolver até um senso moral.


O Ir.´. Dilson C. A. Azevedo é membro ativo do GEIA e obreiro regular da ARLS Verdadeiros Irmãos,669.

Um comentário:

  1. Grande Mestre Dilson Azevedo.
    Parabéns pelo belíssimo e esclarecedor trabalho, com indagações e informações técnicas, foi possível dislumbrar o quanto estamos ignorantes em ciências.
    creio, que só mentes abertas poderá desenvolver ideias sobre de onde e para onde vamos no futuro.
    grato
    Edson Rocha

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