O TEMPLO MAÇÔNICO

O TEMPLO MAÇÔNICO

O MAÇOM NÃO NASCE PRONTO!

“Ninguém nasce feito, é experimentando-nos
no mundo que nós nos fazemos !”
Paulo Freire




Ao ser iniciado, diz-se que o Maçom morreu para a vida profana e renasceu na Verdadeira Luz.  Obviamente, isso é uma simbologia e, o que ele era, continua sendo, com todo o seu potencial e cabedal que lhe pertencia.  É provável ter sido notado e convidado por um Maçom, justamente, por possuir essas qualidades.  Não obstante, com toda carga de conhecimentos que possa ter, não está pronto como Maçom.  Vai aprender a sê-lo ao iniciar o desbaste da Pedra Bruta transformando-a em Pedra Polida.  É o início da  construção do seu templo interior.  Ele foi introduzido na Maçonaria e a Maçonaria terá de entrar nele.  É aí que vai começar a ficar pronto...

Antes de ingressar na Maçonaria, em sua vida normal, ele também não nasceu pronto e acabado.  O Homem nunca estará acabado, pois, consciente da sua evolução, jamais considerar-se-á terminado.  Como tal, dentro da Sublime Ordem, o Maçom trilhará um caminho análogo, na tentativa de ficar pronto.  Recebe o desafio, que é o processo formativo da Maçonaria encaminhando-o, desde o Primeiro Grau, à uma coerência entre pensamento, palavra e ação.  Não obstante, se o Aprendiz Maçom, estiver imbuído de indigência intelectual, dificilmente ficará pronto, muito menos acabado.

Quantas vezes nos vemos perguntando por que a gente não nasce pronto, já sabendo e dominando todas as coisas ?  Quem sabe, no futuro, a tecnologia fará com que nosso cérebro, ainda como feto no ventre da Mãe, receba todo o conhecimento da Humanidade.  Há quem diga que, no futuro, nem nasceremos mais, seremos fabricados.  “Amaremos os robôs assim como hoje nos apaixonamos por carros !”, diz Dadid Levy, cientista, especialista em inteligência digital.  Seremos robotizados.  Mas se isso acontecer, quais serão os objetivos da vida se já teremos o conhecimento de tudo ?!  Utopia...


A Sublime Instituição proporciona meios de vencer as paixões ignóbeis que desonram o Homem e o tornam desgraçado;  orienta na prática constante da Virtude, para socorrer os semelhantes em suas aflições e necessidades, direcionando-os à senda do Bem, tirando-os da prática do Mal e estimulando a fazerem o Bem, com exemplos de Prudência, Sabedoria, Tolerância, Justiça e respeito à Liberdade.  São exigências primordiais da Maçonaria que, para pessoas comuns, seriam qualidades raras, porém, para o Maçom, não passam do cumprimento elementar de um dever, pois ele é municiado de todos os elementos morais que vem a ser o ornamento do Maçom.  A Maçonaria tenta moldá-lo como um perseguidor da sabedoria, da honra, da coragem, da disciplina, da obediência, da retidão moral, sem deixar de manter o seu dever, atitude e postura como cidadão que era antes de ser convidado para fazer parte.  Quando consegue, eis um Maçom pronto !

É necessário, no seio da Sublime Ordem, que o Maçom queira progredir, estudar, buscar a verdade para que haja a transformação do Homem que renasceu para o mundo.  A Maçonaria oferece aos seus membros, através da História Simbólica, oportunidades de evolução para, com ela, transformá-los numa poderosa força do bem, tornando-se influentes construtores sociais em benefício da Humanidade.  A História Simbólica é feita e combinada de tal maneira que a evolução das personagens indica, exatamente, a evolução do Homem Maçom.  Uma das maiores características do Maçom, que quer ficar pronto, é sua avidez por essa evolução, que o fará passar por vários fatores, como aprender, criar, inovar refazer, modificar, orientar, ensinar, tolerar que são o cimento místico na construção do seu templo interior.  Com esse procedimento, se estiver preparado com toda imaginação e entusiasmo, ele ficará pronto, mas, como na vida lá fora, jamais estará acabado.  Sempre haverá algo mais a se buscar...

...sempre !



Bibliografia:

   Cortella, Mário Sérgio – Não Nascemos Prontos !
      Ritual do Simbolismo Aprendiz Maçom  - GLESP


(*) E. Figueiredo -  é jornalista - Mtb 34 947 e pertence ao
CERAT - Clube Epistolar Real Arco do Templo  / 
Integra o GEIA –  Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas /
Membro da  Confraternidade Mesa 22, e é
Obreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos– 669 (GLESP)

JANTAR DE ENCERRAMENTO DO ANO

Foi um exito absoluto o jantar de encerramento do ano, realizado pela ARLS Verdadeiros Irmãos, 669.
O comparecimento dos irmãos do quadro foi quase total e também estiveram presentes os seus familiares bem como convidados da Loja.
O jantar foi realizado na Churrascaria Bufalo Grill em ambiente totalmente reservado para a Loja, proporcionando um clima de muita privacidade e descontração.
Esperamos que nos próximos anos possamos repetir o exito que tivemos e melhora-lo ainda mais.

PARA ONDE VAIS TU?


Para onde vais tu ???

Para onde julgas, que vais?

E porque julgas tu, que tens de ir?

Onde está o objetivo?

Onde está a meta?

Porquê a distância?

O que existe lá, que não existe Agora?

O que procuras tu?

Felicidade?

O que queres tu?

Vivacidade?

Olha para dentro e verás…

Olha para dentro e acharás…

Olha para dentro e encontrarás…

Tudo aquilo que sempre procuraste…

Tudo aquilo que desejaste…

Tudo aquilo …

Jamais imaginaste…

Basta olhar para dentro

E verás, que és tu, sim tu, e apenas

Tu…

Tu te descobrirás.




DA MAÇONARIA E SEUS PRINCÍPIOS

A Maçonaria é uma Instituição Universal, essencialmente filantrópica, filosófica e progressiva; tem por fim procurar a verdade, o estudo da moral e a prática da solidariedade, e trabalha para o bem da humanidade, contribuindo para o aperfeiçoamento da organização social.
Tem por princípio a tolerância mútua, o respeito dos outros e de si mesmo e a liberdade absoluta de consciência.
Considera as concepções metafísicas como sendo do domínio exclusivo da apreciação individual dos seus membros, e por isso se recusa a toda afirmação dogmática.
Considera o trabalho como um dos deveres primordiais do homem, honrando igualmente o trabalho manual e o intelectual.
Tem por dever espalhar por todos os membros da humanidade os laços fraternais que unem os maçons sobre toda a superfície da terra, os quais se devem auxiliar, esclarecer e proteger, mesmo com o risco da própria vida.
Recomenda aos seus adeptos  a propaganda pelo exemplo, pela palavra e pela escrita, a fim de que o direito prevaleça sobre os caprichos humanos e sobre a força.
Como timbre, inscreve no seu código fundamental  JUSTIÇA  -  VERDADE  -  HONRA  -  PROGRESSO.
Tem por divisa:  LIBERDADE  -  IGUALDADE  -  FRATERNIDADE


PRECEITOS MAÇÔNICOS


 Ama a Humanidade

 Escuta a voz da natureza, que te brada: todos os homens são iguais. Todos constituem uma única família.

 Tem sempre presente que não só és responsável pelo mal que fizeres , mas pelo bem que deixaste de fazer.

 Faze o bem pelo amor do próprio bem.

 O verdadeiro culto consiste nos bons costumes e na prática das virtudes.

 Escuta sempre a voz da consciência : é o teu juiz.

 Trata de te conhecer; corrige os teus defeitos e vence as tuas paixões.

 Nos teus atos mais secretos, supõe sempre que que tens todo o mundo por testemunha.

 Ama os bons, anima os fracos, foge dos maus, mas não odeies a ninguém.

 Fala sobriamente com os superiores, prudentemente com os iguais, abertamente com os amigos, benevolentemente com os inferiores, leal e sinceramente com todos.

 Dize a verdade, pratica a justiça, procede com retidão.

 Não lisonjeies nunca; é uma traição; se alguém te lisonjear, toma cuidado não te corrompas.

 Não julgue nem de leve as ações dos outros; louva pouco e censura ainda menos; lembra-te de que para bem julgar os homens é preciso sondar as consciências e perscrutar as intenções.

 Se alguém tiver necessidade, socorre-o; se se desviar da virtude, chama-o a ela; se vacilar, ampara-o; se cair, levanta-o

 Respeita o viajante; auxilia-o; a sua pessoa é sagrada para ti.

 Foge a contendas, evita os insultos, evita os insultos; obedece sempre à razão esclarecida pela ciência.

 Lê, aproveita, vê e imita o que é bom, reflete e trabalha; faze quanto possas para o aperfeiçoamento da organização social, e assim contribuirás para o bem coletivo.

 Sê progressivo; estuda a ciência porque ela te conduzirá à verdade que tens por dever procurar.

 Não te envergonhes de confessar os teus erros; provarás assim que és hoje mais sensato do que eras ontem e que desejas aperfeiçoar-te.

 Moraliza pelo exemplo; sê obsequioso; tolera todas as crenças e todos os cultos, mas tem por dever lutar contra a superstição, o fanatismo e a reação, como os mais resistentes obstáculos ao progresso humano.

 Educa e ensina; esclarece os outros com o teu conselho, inspirado pela circunspecção e pela benevolência.

 Regozija-te com a justiça; insurge-te contra a iniquidade; sofre os azares da sorte, mas luta contra eles no intuito de os vencer.

 Procede sempre de forma que a razão fique do teu lado.

 Respeita a mulher; não abuses nunca de sua fraqueza; defende a sua inocência e a sua honra.

 Ama a Pátria e a Liberdade; sê bom cidadão, bom marido, bom pai, bom irmão e bom amigo.

 Quando fores pai alegra-te, mas compreende a importância da tua missão. Sê um protetor fiel do teu filho; faze que até os dez anos te  obedeça, até os vinte te ame, e até a morte te respeite. Até os dez anos sê seu mestre, até os vinte seu pai e até a morte seu amigo. Ensina-lhe bons princípios, de preferência a belas maneiras; que te deva uma retidão esclarecida e não uma frívola elegância; fá-lo um homem honesto de preferência a um homem astuto.


A ARLS VERDADEIROS IRMÃOS, 669 EM PORTUGAL



Os trabalhos do Ir.'. Figueiredo, estão cruzando fronteiras e acabam de chegar em Portugal onde foram publicados no site da Respeitável Loja Mestre Affonso Domingues.
Para todos nós, é motivo de grande orgulho que o nosso nome esteja, em tão curto espaço de tempo, sendo comentado também em outros países.
São esforços e colaborações como esta que contribuem para o engrandecimento da nossa Ordem.
Para visualizar o site da Respeitável Loja Mestre Affonso Domingues, basta clicar no link abaixo:

* A FUNDAÇÃO DA ARLS VERDADEIROS IRMÃOS, 669


A Loja Verdadeiros Irmãos, 669, subordinada a GLESP, surgiu por iniciativa de alguns irmãos com o objetivo de verdadeiramente unir os seus obreiros e trabalhar para o engrandecimento da causa maçônica.
Ela tem sido e continuará sendo muito seletiva nas suas admissões e pretende num futuro muito próximo além de abraçar uma causa beneficente ser um celeiro de irmãos com conhecimentos maçônicos, através de estudos realizados em Loja e de integracão total com outras Lojas da região.
O seu nome vem sendo rapidamente difundido, pela dedicação dos irmãos, pela criatividade dos seus métodos de aprendizado e pelo interesse geral.
O apoio que temos recebido de diversas Lojas da jurisdição é enorme e graças a isso, temos alcançado as nossas metas com muita tranquilidade.
Alguns irmãos valorosos filiaram-se a nós e estão nos ajudando com os seus conhecimentos a criar uma Loja que prima por conservar puro e inalterado o Rito Maçônico por nós seguido.

Rogamos portanto ao G.'. A.'. D.'. U.'. que continue iluminando os nossos passos.


Ir.'. Caio R. Reis M.'. M.'.

* O NOSSO ESTANDARTE


O Estandarte de uma Loja Maçônica,  representa  o seu símbolo maior, pois nele encontram-se colocadas as alegorias e frases que definem os propósitos daquela Instituição.
Assim sendo, o nosso Estandarte não  foge a regra e possui todos os símbolos e dizeres que muito bem traduzem os nossos objetivos.

O topo do nosso Estandarte possui em primeiro lugar como deve ser sempre feito pelos Maçons a respeitosa reverência ao Grande Arquiteto do Universo, e logo abaixo o nome da nossa Loja, seguido pela frase em latim: “SEMPER PARATUS ET SEMPER FIDELIS”.
Esta frase  traduz o espirito de todos os irmãos fundadores, pois resume que estaremos sempre prontos e que seremos sempre fieis para servir e honrar a Maçonaria e principalmente honrar o  significado profundo e marcante do nosso nome: “VERDADEIROS IRMÃOS”.

Ao lado do nosso Estandarte, todo ele em cor azul claro, representando a Maçonaria Simbólica, existem as duas colunas que ornamentam o Templo,  e entre elas está colocado de maneira estilizada o pavimento mosaico e mais no centro o olho que tudo vê.
Finalmente no centro de tudo as mãos entrelaçadas simbolizando o nosso carinho e nosso afeto uns para com os outros
Carinho esse que nos propomos a estender para todos os irmãos do universo pois a Loja nada mais é do que sua representação.
No alto do globo estilizado representando o pavimento mosaico, está o compasso e o esquadro entrelaçados e envolvidos por dois ramos de acácia, simbolizando a Maçonaria Universal, seus ensinamentos e sua pureza.
Por último , na parte inferior do Estandarte encontra-se a data de fundação da Loja e o nome da potência à qual estamos subordinados, GLESP.

Ir.'. Caio R. Reis M.'. M.'.

* EMANCIPAÇÀO

O amadurecimento espiritual com a correlação psicológica, é o processo que nos leva a ver e a compreender  a realidade, e a aceitar as responsabilidades dela oriundas. O imaturo, ignorando ou deturpando a realidade, sente apenas a existência do próprio EU, e em função do EU vive e constrói a escala de valores que lhe determina  a vivência egoística. Não sabe ou não consegue perceber que a seu lado existem e coexistem PESSOAS. Não se dá conta de que essas PESSOAS têm sentimento e emoções, e têm interesses e necessidades a serem cogitados e respeitados.
Só raciocina em termos unilaterais. Só deseja em termos parciais. Usa, de maneira perdulária, o tempo presente; esquece os débitos contraídos com o passado; ignora qualquer compromisso com o futuro.
E com os olhos concentrados no próprio corpo, em constante exaltação narcisista, sonha com grandes riquezas, almeja inúmeros títulos, pretende aplausos e honrarias, trabalhando, na proporção dos recursos físicos e intelectuais, para a colheita a curto prazo apenas do alimento perecível, que a ambição exige.
Não ama. Todavia, necessita ser amado e reclama o amor, sem contudo lhe atribuir o verdadeiro significado. Supõe que ama. Mas busca o que lhe interessa, o que lhe dá algo para o bem estar sem limites.
Jamais compreende o próximo, jamais renuncia, jamais compartilha do pranto alheio. Repugna-lhe ou lhe atemoriza o sofrimento.
Mas se solidariza com o riso despreocupado, com as fugas e derivativos que se lhe acenem, desde que afastem a dor e ofereçam o prazer, não importando as conseqüências.
Facilmente ou habitualmente, cria belos  quadros ilusórios, ajustados à moldura elástica das eventuais conveniências. E rejeita qualquer visualização penosa da verdade e da lógica, alegando múltiplos motivos ou mesmo não alegando nada.
Para esquecer ou encobrir os próprios defeitos e erros, nunca admitidos, talvez inconscientemente, mas sempre com facilidade e entusiasmo, aponta, descreve, lamenta e condena os alheios.
Não ajuda. Mas sempre almeja e recebe auxílio.
Tem a sensação vaga , indefinida, de que se sustenta em base frágil, nessa conquista louca do efêmero ou do vazio. Em face dessa insegurança muita vez apenas pressentida, agride, fere, desampara, odeia, e se refugia sob o teto pecaminoso e covarde de todos os artifícios.
À proporção que o espírito envelhece, ou melhor, se aperfeiçoa, em experiências reencarnatórias sucessivas, a realidade se lhe revela, com o corolário de responsabilidades que passam a assumir.
E a criatura vai aprendendo a se desprender do próprio EU, e começa a se inserir caridosamente, na existência do semelhante, em espontânea transferência.
Adquiri, paulatinamente, a paz de espírito, a mansidão, a confiança, a humildade, a fé, a esperança, a sabedoria.
Rejubila-se com a crescente segurança da caminhada. Tortura-se com a reforma íntima. Define e procura objetivos sólidos, imperecíveis. Abençoa o sofrimento, que mantém no anonimato da caridade.
Ama, compreende, tolera, perdoa, auxilia, doa-se plena e desinteressadamente e deixa, para sempre, o casulo carnal e os grilhões  dos instintos primitivos que o escravizavam à matéria.
Como espírito liberto ascende às paragens de luz, onde encontrará finalmente e eternamente, a felicidade para a qual foi criado.

      

* DA MAÇONARIA E SEUS PRINCÍPIOS

A Maçonaria é uma Instituição Universal, essencialmente filantrópica, filosófica e progressista; tem por fim procurar a verdade, o estudo da moral e a prática da solidariedade, e trabalha para o bem da humanidade, contribuindo para o aperfeiçoamento da organização social.
Tem por princípio a tolerância mútua, o respeito dos outros e de si mesmo e a liberdade absoluta de consciência.
Considera as concepções metafísicas como sendo do domínio exclusivo da apreciação individual dos seus membros, e por isso se recusa a toda afirmação dogmática.
Considera o trabalho como um dos deveres primordiais do homem, honrando igualmente o trabalho manual e o intelectual.
Tem por dever espalhar por todos os membros da humanidade os laços fraternais que unem os maçons sobre toda a superfície da terra, os quais se devem auxiliar, esclarecer e proteger, mesmo com o risco da própria vida.
Recomenda aos seus adeptos  a propaganda pelo exemplo, pela palavra e pela escrita, a fim de que o direito prevaleça sobre os caprichos humanos e sobre a força.
Como timbre, inscreve no seu código fundamental  JUSTIÇA  -  VERDADE  -  HONRA  -  PROGRESSO.
Tem por divisa:  LIBERDADE  -  IGUALDADE  -  FRATERNIDADE

* CONSIDERAÇÕES SOBRE A CABALA

A origem da Cabala é judaica e parece que tem as suas raízes  nas tribos de magos do Oriente Médio, combinadas com os egípcios e com os magos caldeus.
De acordo com alguns cabalistas, esta tradição foi recebida por Moisés, diretamente de Deus no monte Sinai. Todavia, não existem evidencias concretas de que isto tenha ocorrido.
A mais antiga Cabala é conhecida como Meskabah que é o nome em hebreu dado ao trono de Deus. O propósito dos místicos de Meskabah era o de ver Deus em seu trono. Pouco se conhece a respeito desta ordem. Mais tarde vieram os seguidores de Hermes Trimegisto que formaram a ordem de Hermes e o Chorus Celestial.
Eles acreditavam que para completar a sua ascensão mística deveriam passar por sete palácios localizados no paraíso, onde em cada um deles seria dada uma palavra de passe, talismãs e sinais apropriados aos guardiões.
Nos últimos séculos a Cabala, inclusive como é usada nos dias atuais, crê que no mundo cabalístico tudo é simbólico e encerra alguma coisa mais . Assim, seja o mais simples texto ou a mais simples das coisas, elas sempre ocultarão segredos profundos que somente aos iniciados será possível conhecer.
Usando estes conhecimentos, os cabalistas esperam entender o universo por completo.
Deus criou o universo, permitindo que algo da sua quintessência fluísse e baixasse transmudando-se no material que compõe o universo. O objetivo de muitos cabalistas é o de entender este processo, o universo e o caminho de volta a Deus.
A idéia de Deus na Cabala é extremamente complexa, e não necessariamente tem caráter religioso.
Deus na Cabala, tem vários nomes com diferentes poderes através de uma hierarquia de anjos, mas continua sendo um ser abstrato.
O símbolo mais importante da Cabala na época atual é a arvore sefirótica. A arvore sefirótica é um diagrama que é formado por 10 esferas ( sefirotes ) e 22 caminhos que se juntam a elas. Trata-se de uma representação da formação do universo e de como a quintessência flui para o material do mundo através dos seus diferentes níveis.
Cada sefirote representa um tipo de existência. O mais inferior Malkuth, representa o material do mundo e o mais superior Keter, a coroa, representa a fonte da quintessência não manifesta. Entre eles existem sefirotes representando por exemplo a força, a forma, a inteligência e o equilíbrio.
Cada sefirote corresponde a um número, a uma cor e a diferentes nomes de Deus e a outros símbolos. Os 22 caminhos correspondem a 22 letras em hebreu e ao Arcano maior do Tarô.
A arvore não só representa a criação como também a mente humana. Cada sefirote corresponderia a uma parte da mente ou a uma parte da alma.
Da mesma forma existem analogias entre a arvore sefirótica e a distribuição dos cargos dentro de uma Loja Maçônica. Ela parece representar a Loja composta e em trabalho.
Usando estes conhecimentos os cabalistas podem usar a transferência de energia de um sefirote para outro para mudar a sí próprios ou ao mundo que os rodeia.
Uma outra parte importante da Cabala, é o estudo esotérico dos textos sagrados. Os textos oferecem ensinamentos ocultos que podem ser descobertos. Assim as letras correspondem a números e estes números juntos representam palavras. Palavras que contenham o mesmo número muitas vezes podem ter significativas ligações entre si.
Outra forma usada pelos cabalistas é a de somente utilizar a primeira letra de cada palavra ou as 50ª letras do texto para encontrar ensinamentos ocultos.
A importância da Cabala para a maçonaria é que nós maçons como investigadores da verdade que somos, conheçamos que outros grupos existem que também buscam as suas origens e as origens do nosso universo.
Não pretendemos concluir nada com estas rápidas pinceladas sobre Cabala, mas apenas ampliar um pouquinho os conhecimentos para que cada um possa concluir melhor aquilo que as suas mentes lhes ditarem.

* OS TRÊS PONTINHOS . . . e. figueiredo


Muitos não iniciados (que se convencionou chamar de profanos) ficam intrigados com as abreviaturas encontradas nos escritos da Maçonaria, as quais consistem em substituir parte das palavras nos textos por três pontos. Ao contrário do que muitos imaginam, os Três Pontos dispostos em triângulo, usados pelos Maçons em seus documentos e impressos, não são um símbolo.  São um sinal gráfico adotado em abreviaturas e no final do “ne varietur”;  no primeiro caso identificam as abreviaturas de termos Maçônicos, e, no segundo, servem como forma de identificação do maçom.  Não somente para os não maçons, mas também, para muitos iniciados na Sublime Ordem, os Três Pontos indiciam a idéia subjetiva de segredo, expressa através do número três, algarismo muitíssimo ligado à simbologia e hermenêutica maçônicas.  Sua origem, na verdade, está nas abreviaturas, tradição antiquíssima que a Arte Real trouxe para o seu seio e que se mantém até os dias de hoje.

Não obstante, os Três Pontos foram relacionados com os inúmeros símbolos Maçônicos e que acabaram tendo interpretações esotéricas e simbólicas, culminado com o uso nas assinaturas dos Maçons. Entretanto, essa prática de apor os três pontos na assinatura não é de uso universal, como por exemplo, a Maçonaria inglesa que não adotou. Seu uso, porém, estendeu-se, gradativamente, nos Estados Unidos. À medida que entrava em uso geral nas Potências Latinas.  Como todas as coisas ligadas à Maçonaria, não faltaram aos Três Pontos exegetas e hermeneutas para dar os mais variados significados.  A exemplo do triângulo, uma das mais simples figuras geométrica que tornou a sua representação gráfica uma idéia ternária à qual foi ligada, os Três pontos, igualmente, tem a sua figura assimilada á várias significados:  Liberdade, Igualdade e Fraternidade; Vontade, Amor e Sabedoria; Fé Esperança e Caridade;  Espírito, Alma e Corpo;  Passado, Presente e Futuro;  e outros.

Em nossas atividades normais, isto é, fora da maçonaria, o uso de abreviaturas está bem codificado e não prejudica em nada o seu  emprego.  Ao contrário:  Há certas palavras e expressões, convencionalmente representadas pelas respectivas letras inicias, ou por essas iniciais seguidas de outras letras, cujo conhecimento oferece enorme utilidade.

Abreviaturas não são novidades.  Desde a Antigüidade, gregos e romanos já delas se utilizavam.  Elas chegaram a ser proibidas, como em Roma, no tempo de Justiniano I (483-565), por gerarem confusão.  O mesmo ocorreu na França da Idade Média, e, em 1304, o Rei Felipe, o Belo, interditou o seu uso nas atas jurídicas.  É visto, por exemplo, nos objetos celtas do Século IX antes de Cristo e muito antes nas cerâmicas egípcias, cretas e gregas.  Os Três Pontos têm, pois, origem bem antiga.  Costuma-se relacionar os Três Pontos, dispostos em triângulo, como uma das expressões comuns da luz interior e do espírito que presidiu à criação do mundo.

Afirma-se que a abreviatura com Três Pontos foi utilizada na maçonaria, pela primeira vez, em 12 de Agosto de 1774, quando o Grande Oriente da França comunicou o novo endereço á todas as duas Lojas jurisdicionadas.  Há, contudo, outras versões, como que o início da utilização do Triponto deu-se em 1764, na Loja Besaçon, também na França, e a de que teria surgido com l companheirismo, por representar o triângulo.  E há até que declare, categoricamente, que o seu uso vem da arte hieroglífica dos egípcios.  Naturalmente, para cada versão existem os seus contestadores.  Alguns autores apontam que os Templários faziam uso dos Três pontos, e, que no calabouço, onde Jacques de Molay esteve preso durante oito anos, nas paredes haviam grafitos e um deles era o Triponto.

As abreviaturas, usualmente, empregadas na Maçonaria são do tipo “por suspensão”  ou “apócope” que consiste em suprimir letras ou sílabas no final da palavra que se quer abreviar.  Por regra, essas abreviaturas só deveriam ser usadas nas palavras de vocabulário Maçônico e jamais para as palavras profanas.  A má aplicação das abreviaturas chega a provocar textos incompreensíveis até em rituais, o que prejudica, sobremaneira, a sua leitura e entendimento.

Não há uma regra quanto à disposição dos Três Pontos, um em relação aos outros.  As disposições encontradas são das mais variadas, tanto no formato do triângulo delata (equilátero), como nos formatos isósceles e retângulo em diversas posições, aparecendo, até como sinal de reticências...  Quanto ao uso em si, é costume empregar abreviaturas nas palavras suprimindo-lhes alguma ou algumas das letras finais e conservando as que forem necessárias para a leitura fácil e de boa compreensão do sentido da frase.  Deve haver, sempre, a preocupação de se evitar ambigüidade, para que não gere confusão quando da leitura do texto.  Recomenda-se, também, para que a supressão se faça sempre no meio de uma sílaba e que a primeira letra suprimida seja uma vogal e a última deixada seja uma consoante.  Há algumas exceções, evidentemente.  Para as palavras no plural utiliza-se do expediente de dobrar a primeira letra.

Independente de qualquer que seja o verdadeiro significado que possa conter os Três Pontinhos, nada é mais expressivo, honroso e orgulhoso ao maçom, quando ainda neófito, receber a orientação de poder usá-los  junto á sua assinatura.  Contudo, haverá situação em que, por motivos profissionais, políticos, sociais, familiares, etc., o Maçom necessite não se revelar; e, não há obrigatoriedade para a colocação dos Três Pontos na assinatura.  Por outro lado, devemos atentar que nem todos que usam os Três Pontinhos, em sua assinatura, são maçons.  O Triponto aparece, também, junto aos adeptos da Ordem Rosacruz e, igualmente, aliado aos seus significados simbólicos.

Na sétima instrução de Aprendiz é ministrado que “três é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor); três são os pontos que o Maçom deve orgulhar-se de apor à sua assinatura, pois esse três pontos, como Delta Luminoso e Sagrado, são emblemas dos mais respeitáveis e representam todos os ternários conhecidos e, especialmente, as três qualidades indispensáveis ao Maçom: Vontade, Amor ou Sabedoria e Inteligência”.  Essas qualidades são, absolutamente, inseparáveis uma das outras, pois devem agir em perfeito equilíbrio no Maçom. Para que ele sempre seja justo e perfeito.

Bibliografia:

  Aslan, N. – Estudos Maçônicos Sobre Simbolismo
    Boucher, J. – Simbólica Maçônica
      Camino, R. da – Dicionário Filosófico de Maçonaria
        Charlier, R. J. – Pequeno Ensaio Simbólica Maçônica nos Ritos escoceses
          Christian, J. – A Franco-Maçonaria
            Figueiredo, J. G. – Dicionário de Maçonaria
              Moreira, A. P. - Chaves dos Mestres
                Ritual de Aprendiz – GLESP
                  Pusch, J. – ABC do Aprendiz
                    Santos, S. D. – Dicionário Ilustrado de Maçonaria
                      Tourret, F. – Chaves da Franco-Maçonaria